sábado, 10 de julho de 2010

O telefonema na madrugada

Confortável em minha cama de olhos fechados com o pensamento longe e calmo mas telefone toca repetidamente e quando raciocínio baixinho com o meu travesseiro olhando a hora: São cinco e quarenta três da manha, quem me ligaria esse horário pra não ser alguma novidade ruim, Deus Deus não me faça cair, faça ser engano essa ligação.
Abro os olhos pra ter forças e levanto da minha cama o telefone esta novamente tocando, vou temerosa com o que pode ser, que sentimento que a voz do outro lado da linha pode me trazer?,
vejo meu irmão de pé e já estou com o telefone na mão mais não tenho a coragem de apertar talk:
Lucas... toma.
Ele me olhou e estava meio lerdo ou talvez distraído, corri pra de volta dos meus cobertores e meu travesseiro, apertei meus olhos com força e não consegui não deixar meus ouvidos atentos ao alo.
- Alo? , Oi , ela ta sim perai.
meu irmão foi rapidamente pro quarto da minha mãe e ficou ali após lhe entregar o telefone.
- Alo. ahan, Jesus amado, credo, credo, meu Deus, então ta, você quer que eu vá para i ou você vem? ta bom então vou esperar.
Prendo a respiração pois sinto que não é algo fácil de suportar, presto atenção ao que minha mãe dirá ao meu irmão depois de desligar do aparelho
- Mãe ... o que foi ?
- O Quil, sofreu um acidente e sua tia quer que eu vá com ela reconhecer o corpo.
Prendo ainda mais a respiração e vem logo a avalanche de lágrimas, não consigo não sufocar a dor e nem deixar de soluçar alto, suplico apenas com o coração: Não pode ser Deus, meu primo, meu amigo meu amigo que fazia tempo que não via, Jesus, por que ele tão jovem... mesmo com tantos conflitos em torno dele eu tinha certeza que meu guerreiro iria conseguir um dia viver com um lindo sorriso nos lábios e todos nós entorno.
Já com os olhos inchados e o rosto rosado ouço os passos da minha mãe se apresando pra se arrumar a chegada da minha tia...
Desculpem não consigo mais relatar esse momento.

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